João Doria se pronuncia sobre corrida presidencialReprodução

O pré-candidato à Presidência pelo PSDB, João Doria, afirmou que é possível quebrar a polarização eleitoral entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) e que a força dos partidos da chamada terceira via (União Brasil, Cidadania, MDB e PSDB) será suficiente para impulsionar o candidato escolhido para representar o campo.
Doria também pediu que o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), tenha "grandeza para perder". A declaração foi dada ao comentar os movimentos do correligionário, que tenta se cacifar como nome do partido para disputar o Planalto ou a vice em uma chapa, mesmo tendo perdido as prévias para o ex-governador paulista.
"Se isso não acontecer (unidade na terceira via), não teremos a via da esperança. É preciso que os dirigentes dos partidos tenham juízo, como estão tendo em motivar, incentivar o diálogo entre os partidos. se isto ocorrer, a força desses quatro partidos será suficiente, não só no horário eleitoral, mas na capilaridade por todo Brasil para impulsionar essa candidatura", avaliou Doria durante entrevista nesta sexta-feira, 8, para a Rádio Metrópole.
O tucano se referiu a Eduardo Leite como "um bom rapaz", mas aproveitou para dar um conselho ao colega. "Uma das lições que eu aprendi na vida é que você tem que ter grandeza para vencer e grandeza para perder. Ao ganhar, grandeza para não humilhar ninguém. A grandeza para quando perder é respeitar quem ganhou. A derrota de hoje é a vitória de amanhã", cutucou.
Leite tem apoio de uma ala do PSDB, capitaneada por figuras como o deputado federal Aécio Neves (MG), para retirar Doria da disputa e se lançar como candidato da sigla e da terceira via à Presidência. Recentemente, ele se reuniu com a senadora Simone Tebet, pré-candidata pelo MDB, e acenou para a possibilidade de ser vice em uma chapa com ela.
O ex-governador voltou a chamar Bolsonaro de criminoso pelo negacionismo no combate à pandemia. "Bolsonaro é criminoso porque advogou pela morte, e não pela vida. Enquanto eu buscava vacina para salvar os brasileiros, Bolsonaro buscava cloroquina, que matou os brasileiros." Ele disse também que não fará "campanha de destruição" contra o presidente e Lula.