Ex-presidente LulaDivulgação
Lula: 'o meu irmão foram buscar, o Queiroz até hoje não depôs'
Petista afirmou também que não há investigação de casos de corrupção no governo Bolsonaro por conta da falta de autonomia da atuação da Polícia Federal (PF) e outros órgãos de investigação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu uma prévia na segunfa-feira, 11, durante jantar com senadores do MDB e outros aliados em Brasília, de como vai responder a um dos embates mais esperados da campanha eleitoral, a comparação entre esquemas e acusações de corrupção com o presidente Jair Bolsonaro.
Aos senadores, o pré-candidato petista ao Palácio do Planalto afirmou que não há investigação de casos de corrupção no governo Bolsonaro, uma referência às críticas à falta de autonomia da atuação da Polícia Federal (PF) e outros órgãos de investigação, comum a outros adversários eleitorais do presidente.
"Bolsonaro fala que não tem corrupção no governo. Não tem porque não estão apurando", disse Lula, segundo relato de presentes. "Por que o Queiroz não foi depor até hoje? O meu irmão foi depor Eu, sem ter sido intimado, foram lá me buscar. Por que o Queiroz não depõe?"
Lula citou a investigação sobre o esquema de desvio de dinheiro público por meio da prática de rachadinha operado, segundo o Ministério Público, pelo ex-policial militar Fabrício Queiroz, amigo de Bolsonaro e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Apesar da declaração de Lula, Queiroz chegou a ser preso.
O ex-presidente se referiu também à condução coercitiva de que foi alvo, a mando do então juiz Sérgio Moro, hoje filiado ao União Brasil, em março de 2016, no âmbito de processos da Operação Lava Jato. Moro ainda se coloca como presidenciável, embora o partido não o trate assim.
A defesa de Lula sempre sustentou que o procedimento foi ilegal, porque o ex-presidente não fora notificado pela Justiça Federal para que prestasse depoimento. Lula seria condenado em duas ações penais, nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, e preso. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal acolheu argumentos de suspeição de Moro e invalidou os processos, restabelecendo as condições políticas para a candidatura de Lula. Mas o petista ainda não se livrou de todos os processos.
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