Presidente Jair Bolsonaro (PL) admite que deu cargos no governo ao Centrão em troca de apoio políticoAlan Santos

A pesquisa Exame/Ideia, divulgada pela revista Exame na noite de quinta-feira, 21, mostra que a taxa de desaprovação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) caiu de 50% para 45%, enquanto a aprovação subiu de 32% para 33%. No restante, 21% não aprovam nem desaprovam e 1% não sabe.
No mesmo levantamento, a avaliação negativa do governo atinge o percentual de 44%. Na pesquisa anterior, no mês passado, 45% viam o governo como “ruim/péssimo”, uma variação dentro da margem de erro. O levantamento aponta que 29% veem o governo como “ótimo/bom”, 24% como “regular” e 2% não sabem. 
Segundo a pesquisa, quando se fala em faixa etária, 37% das pessoas com 60 anos ou mais avaliam o governo como “ótimo/bom”. Em relação a Região Nordeste, local que Bolsonaro tem mais dificuldade para busca de eleitores, o instituto aponta que 55% dos nordestinos desaprovam a forma como Bolsonaro governa o país. 
No histórico, o governo Bolsonaro começou em 49% com avaliação positiva. Pouco após o presidente tomar posse, o percentual ficou em torno dos 30%. A pior taxa foi destacada no momento mais crítico da pandemia da covid-19, quando o número caiu para 20%, mas voltou a se recuperar com os índices de controle do coronavírus. 
Intenção de votos
O levantamento também revelou as intenções de voto para as eleições deste ano. Esta foi a primeira pesquisa após a saída do ex-juiz federal e ex-ministro Sergio Moro (União-SP) da corrida ao Palácio do Planalto. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 42% das menções para o primeiro turno, enquanto Bolsonaro chega a 33%. Em março, Lula tinha 40% e Bolsonaro, 29% no primeiro turno. O terceiro colocado aparece Ciro Gomes (PDT) com 10% das intenções de voto. Em segundo turno, a pesquisa indica que Lula teria 48% dos votos, já Bolsonaro teria 39%. 
A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 20 deste mês e ouviu 1,5 mil pessoas. A margem de erro da pesquisa é de três pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).