Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de MoraesDivulgação
Em sua decisão, Moraes diz que não há "qualquer indício" de que o secretário tenha usado o cargo irregularmente. O ministro também afirma que o processo de extradição seguiu o curso normal no Ministério da Justiça.
O STF foi acionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que pediu uma investigação sobre a conduta do secretário nacional de Justiça e seu afastamento do cargo até a conclusão das apurações. O pedido foi arquivado por Moraes.
Próximo dos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), Santini foi arrastado para o centro das suspeitas de interferência depois que servidores do Ministério da Justiça relataram terem sofrido pressão incomum enquanto tentavam cumprir os trâmites para a extradição de Allan dos Santos. A situação se agravou depois que a delegada federal Silvia Amelia da Fonseca, envolvida no procedimento, foi exonerada da diretoria do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) após se recusar a compartilhar com o secretário documentos sigilosos do caso.
A Polícia Federal chegou a ouvir o secretário. Em depoimento, ele afirmou que se envolveu no processo para "dar cumprimento à decisão judicial".
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