A vereadora Érika Hilton foi a primeira mulher trans eleita para a Câmara Municipal de São PauloPSOL/Divulgação
Nos 134 anos da Abolição, vereadora do PSOL propõe CPI do Racismo na Câmara de São Paulo
Negra e transvestigênere, Érika Hilton, com mais de 50 mil votos, foi a mulher mais bem votada no país nas últimas eleições
São Paulo - A vereadora Érika Hilton protocolou na Câmara Municipal de São Paulo nesta sexta-feira, 13, data que marca os 134 anos da Abolição da Escravatura, um requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar violências contra pessoas negras e indígenas na capital paulista.
A parlamentar quer promover uma "ampla investigação" com o objetivo de, posteriormente, "formular ações, políticas públicas e formas de enfrentamento e superação das desigualdades sociais originadas pelo racismo". Érika já iniciou as articulações para colher as 19 assinaturas necessárias para criação da CPI.
"A CPI ora proposta, mais do que simplesmente discutir os severos efeitos do racismo na vida da população negra e indígena paulistana, visa empreender iniciativas que atuem para reverter a desigualdade étnico-racial que submete esses sujeitos à marginalização, segregação e subvalorização constantes", ponderou a vereadora no documento apresentado à Câmara municipal
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de SP, Érika Hilton atualmente comanda a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a violência contra pessoas trans e travestis na cidade de São Paulo. Tal inquérito parlamentar tem previsão para acabar em junho.
A vereadora contabilizou uma vitória na Justiça nesta quarta-feira, 11, com a determinação do Órgão Especial da corte especial para que homens trans sejam incluídos na lei que institui programa de distribuição de absorventes descartáveis e itens de higiene na rede municipal de ensino da capital.
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