Justiça marca primeira audiência de assessores que entregaram celulares a Daniel Silveira enquanto ele estava presoReprodução

Rio - A Justiça Federal agendou para a primeira audiência dos três assessores do deputado federal Daniel Silveira (PTB). Eles são acusados de fornecer dois celulares ao parlamentar enquanto ele estava preso na Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. A sessão está marcada para o dia 14 de junho, às 14h.
Em abril deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou Mário Sérgio de Souza, Pablo Diego Pereira da Silva e Rafael Fernando Ramos por entrarem na Superintendência irregularmente e entregarem os aparelhos a Daniel.
De acordo com o órgão, os denunciados deverão se manifestar na audiência sobre a proposta de aplicação imediata da pena proposta pelo órgão federal: pagamento de multa de R$ 10 mil para cada um. Os valores serão depositados em uma conta judicial e depois entregues a uma entidade beneficente. Se os assessores rejeitarem o acordo, poderão receber pena de prisão, que varia de três meses a um ano para casos como esse.
“O Ministério Público Federal está convencido de que existem provas suficientes para condenação. Mas, como determina a lei, fizemos a proposta de transação penal. Com a audiência designada pelo excelentíssimo juiz Federal, nos cabe esperar o posicionamento dos réus para continuar ou não a persecução criminal”, pontua o procurador da República Eduardo Benones, coordenador do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, responsável pela denúncia.
Entenda o caso
Segundo o MPF, quando Daniel Silveira foi preso em fevereiro de 2021, Mário e Rafael deram dois aparelhos celulares ao parlamentar. Já Pablo teria sido responsável por guardar e carregar com ele os dispositivos.
Os aparelhos foram encontrados dentro de uma mala com roupas de Daniel após uma revista no alojamento do deputado. Os equipamentos estavam bloqueados e foram colocados no modo avião, sendo, posteriormente, entregues para o delegado.