Disputa por nome de consenso entre PSDB, MDB e Cidadania deixa João Doria e Simone Tebet em lados opostosDivulgação
Acompanhado do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), Doria afirmou que se reunirá com o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo no domingo, 22, em São Paulo, para discutir a viabilidade da candidatura. Ainda assim, o ex-governador tucano "avalia" a possibilidade de recorrer à Justiça para garantir sua participação na disputa à Presidência. "Com paz e entendimento se faz a boa política", disse.
Nesta quinta-feira, PSDB, MDB e Cidadania divulgaram nota conjunta para reforçar a necessidade de união das siglas e citou falas antigas de Simone Tebet e João Doria, em que se diziam dispostos a participar do processo de escolha de um nome único. No entanto, apesar da revelação oficial estar marcada para terça-feira, 24, o nome da senadora emedebista já é tido pela cúpula dos partidos como o representante da articulação, e o PSDB sinaliza que deve ignorar o resultado das prévias vencidas pelo ex-governador paulista.
"Vamos respeitar as prévias e a vontade popular dos filiados do PSDB, mas sempre com diálogo", afirmou Doria, que tenta aglutinar apoio dentro do partido. Em Goiás, o presidenciável conta com apoio das lideranças do Estado, representadas por Perillo.
O aval da cúpula de PSDB, MDB e Cidadania ao nome de Tebet, questionado pela ala defensora de João Doria, teria como base os índices de rejeição da senadora, menores que o do tucanos, segundo pesquisas de intenção de voto. Os três partidos encomendaram um levantamento do Instituto Guimarães de Pesquisa e Planejamento (IGPP). A movimentação em prol da senadora desagrada, inclusive, ao grupo do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), também apoiador de candidatura própria, mas não do nome de Doria.
Em Goiás, Doria cumpriu agendas em Trindade, onde esteve no santuário e na Vila São Cottolengo, e em Goiânia, para reunião fechada com lideranças tucanas locais no Hotel Plaza Inn Augustus. O ex-governador de São Paulo defendeu o diálogo para que o País "não tenha apenas duas opções", numa referência à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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