São Paulo - A deputada estadual Mônica Seixas (Psol-SP) protocolou no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) o pedido de cassação de Douglas Garcia (PTB) e Gilmaci Santos (Republicanos). Um por racismo e outro por injúria. Um terceiro parlamentar ainda foi denunciado por falas transfóbicas. O quiproquó teve início na sessão de terça-feira, 17, que decretou a cassação de outro parlamentar, Arthur do Val, por declarações machistas contra refugiadas ucranianas que vazaram na internet. Na tribuna, o deputado Douglas Garcia (PTB) teceu um comentário transfóbico ao atacar a colega Érica Malunguinho (Psol), uma mulher trans.
"Quem é violenta com as mulheres é a deputada Érica Malunguinho, pelo simples fato de se achar mulher", disse Douglas Garcia, na ocasião.
Mônica interveio e alertou para o crime de transfobia quando foi interrompida e chamada de "louca" pelo deputado Gilmaci Santos (Republicanos). A parlamentar ainda denunciou uma suposta agressão do parlamentar, que teria tocado o seu rosto com o dedo. No mesmo dia, terça-feira, a deputada foi à delegacia e registrou um boletim de ocorrência contra Gilmaci Santos e Douglas Garcia por injúria e calúnia.
No dia seguinte, outra confusão em um novo 'ataque'. Durante o discurso de Mônica Seixas sobre saúde pública, o deputado Wellington Moura (Republicanos) disse ao microfone que 'colocaria um cabresto na boca da parlamentar. Instrumento usado em animais, a citação de cabresto nessa circunstância é considerada racista.
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