Vestígio de sangue é achado em barco de suspeito no Amazonas, diz PF Divulgação
"A prisão temporária do suspeito já foi requerida e o material coletado está a caminho de Manaus, no helicóptero tático Black Hawk, para ser periciado", informou a corporação em nota.
Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez na manhã de domingo (5), na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios. O indigenista já havia denunciado que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre essa denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região.
Ainda segundo a nota divulgada pela Superintendência da PF no Amazonas, nas últimas 24 horas a Operação Javari realizou busca fluvial na região do rio Itaquaí, último local de avistamento de Bruno Pereira e Dom Phillips. De acordo com o balanço informado, foram percorridos cerca de 100 quilômetros (km) pela calha do Itaquaí e seus afluentes.
"Todas as comunidades no percurso foram abordadas, especialmente as de Santa Cruz, Cachoeira, São Gabriel e São Rafael. Além da busca fluvial, foi realizado um reconhecimento aéreo no itinerário de Atalaia do Norte até a base da Funai na entrada da terra indígena Vale do Javari, percorrendo pontos de interesse para a busca aos desaparecidos e para as investigações", diz a nota. Até agora, os custos da operação somam R$ 684 mil.
Ontem (8), o comitê de crise formado por diferentes forças de segurança pública, coordenadas pela PF, informou que mais de 250 profissionais estão sendo empregados na operação, incluindo especialistas em busca e resgate na selva, bem como duas aeronaves, três drones, 16 embarcações e 20 viaturas. As buscas seguirão de forma contínua, sem prazo para terminar, até que se defina por uma suspensão ou mudança de estratégia, informaram as autoridades.
Reino Unido
"Entendemos que a localização remota da região impõe desafios logísticos consideráveis e já solicitamos ao governo brasileiro que faça todo o possível para apoiar a investigação do caso. Agradecemos a assistência prestada até o momento", acrescentou.
Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira Marinha, Exército e Aeronáutica, além do Ministério das Relações Exteriores e da Polícia Federal, dentre outros órgãos, estão trabalhando "de forma intensa" na busca dos desaparecidos. "Nós queremos solucioná-lo e levar conforto aos familiares", disse Bolsonaro.
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