Jair BolsonaroAFP

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (13), que há indícios de que "fizeram alguma maldade" com o jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira. A dupla desapareceu na região do Vale do Javari, no Amazonas, no dia 5 de junho. 
"Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas, boiando no rio, vísceras humanas, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA. E pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje oito dias, é o nono dia que isso aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida", disse Bolsonaro à CBN de Recife.
Ainda nesta segunda, a mulher de Dom Phillips confirmou ao jornalista André Trigueiro que os corpos do marido e de Bruno foram encontrados. No entanto, as autoridades ainda não se pronunciaram sobre. Durante a entrevista, o presidente disse ainda que pede a Deus que a dupla seja encontrada viva, mas que não acredita nesta possibilidade.
"Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam pelo contrário no momento", disse ele que ainda não tinha conhecimento sobre a informação repassada pela mulher de Dom.
Bolsonaro disse ainda que há dezenas de milhares de desaparecidos no país, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso "só se preocupou com esses dois". Na sexta, Barroso determinou a União que adotasse "imediatamente todas as providências necessárias à localização de ambos os desaparecidos, utilizando-se de todos os meios e forças cabíveis".
Em resposta à medida, Bolsonaro alegou que "É dispensável o senhor Barroso dar uma de o dono da verdade e dar cinco dias para o presidente explicar ou achar esses dois que desapareceram lá na região amazônica. Estamos fazendo nossa parte. Agora, dizer para o senhor Barroso que dezenas de milhares desaparecem por ano no Brasil. Ele se preocupou só com esses dois. Nós, via Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, nos preocupamos com todos os desaparecidos no Brasil", alegou.