Sérgio Roberto de Carvalho, o Major Carvalho, é considerado um dos maiores traficantes internacionais de cocaínaReprodução
Brasileiro considerado líder do tráfico de cocaína é preso na Hungria
Sérgio Roberto de Carvalho estava na chamada 'lista de difusão vermelha', um alerta para as polícias do mundo sobre foragidos internacionais
O escritório da Interpol em Budapeste, na Hungria, prendeu nesta terça-feira, 21, Sérgio Roberto de Carvalho, o Major Carvalho, considerado um dos maiores traficantes internacionais de cocaína.
O nome dele estava na chamada "lista de difusão vermelha", que funciona como um alerta para as polícias do mundo sobre foragidos internacionais.
"No momento, a Polícia Federal adota as providências formais decorrentes da captura após as diligências policiais que culminaram nessa importante prisão", diz o comunicado divulgado pela Polícia Federal (PF).
Carvalho era procurado desde novembro de 2020, quando a PF abriu a Operação Enterprise contra um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro do tráfico. Ele é apontado como líder da organização criminosa e estava entre os alvos dos mandados de prisão, mas não foi encontrado. Os investigadores já desconfiavam que ele morava na Europa.
Operação Enterprise
A investigação que colocou os policiais federais no encalço do Major Carvalho durou três anos. O ponto de partida das autoridades foi a apreensão de 780 quilos de cocaína, pela Receita Federal, durante uma fiscalização de rotina no Porto de Paranaguá, no Paraná.
Ao longo do inquérito, foram apreendidas outras 50 toneladas da droga, ligadas ao mesmo grupo, em portos do Brasil, Europa e África.
A PF afirma que a organização criminosa trazia a cocaína ao Brasil e preparava a droga para exportação. O grupo teria células espalhadas por todo o País, segundo a investigação.
A segunda etapa, a lavagem do dinheiro do tráfico, seria operada por meio de "laranjas" e empresas de fachada. Outra estratégia eram transações imobiliárias, compra e venda de veículos e investimentos em companhias em recuperação judicial.
A Operação Enterprise resultou na apreensão de mais de R$ 500 milhões.
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