Milton Ribeiro foi preso nesta quarta-feiraAgência Brasil
PF abre processo interno para investigar interferência em operação que prendeu Milton RIbeiro
Responsável pelo caso, o delegado Bruno Callandrini disse que houve "decisão superior" para que Ribeiro não fosse transferido para Brasília
São Paulo - A Polícia Federal abriu um procedimento interno para apurar possíveis interferências na operação Acesso Pago, realizada nesta quarta-feira, 22, e que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele deixou a carceragem da corporação, em São Paulo, na tarde desta quinta por ordem do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
"Considerando boatos de possível interferência na execução da Operação Acesso Pago e objetivando garantir a autonomia e a independência funcional do Delegado de Polícia Federal, conforme garante a Lei nº 12.830/2013, informamos que foi determinada a instauração de procedimento apuratório para verificar a eventual ocorrência de interferência, buscando o total esclarecimento dos fatos", diz a nota da PF divulgada nesta quinta-feira.
Internamente, segundo informações da TV Globo, o delegado Bruno Callandrini disse que houve "decisão superior" para que Ribeiro não fosse transferido para Brasília. A determinação judicial expedida para a ação da PF dizia que o ex-ministro deveria ser conduzido até o local. Além disso, o titular da operação disse ainda que não tem mais "autonomia investigativa e administrativa para conduzir o Inquérito", disse.
O delegado disse ainda que Milton recebeu regalias ao ser preso. "O principal alvo, em São Paulo, foi tratado com honrarias não existentes na lei, apesar do empenho operacional da equipe de Santos que realizou a captura de Milton Ribeiro, e estava orientada, por este subscritor, a escoltar o preso até o aeroporto em São Paulo para viagem a Brasília", disse ele.
Milton Ribeiro , foi solto por volta das 15h desta quinta-feira (23). A liberação ocorreu após o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cassar a prisão preventiva .
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