Dom Phillips e Bruno Pereira desapareceram em cinco de junho, no Vale do JavariReprodução

Amazonas - Equipes das polícias Civil e Federal, além do Exército Brasileiro farão uma reconstituição do crime que tirou a vida do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. A ação será realizada nesta quarta-feira (29), em Atalaia do Norte, cerca de 1.136 quilômetros de Manaus.
Os suspeitos, Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como "Pelado", e Jeferson da Silva Lima, o "Pelado da Dinha", foram levados para a área do crime. Pelado já havia atuado na primeira reconstituição e, na época, ele acusou Pelado da Dinha de atirar nas vítima. Quando foi preso, no entanto, Jeferson disse que Amarildo havia feito os disparos. O objetivo desta quarta é confrontar as duas versões.
Equipes passarão pelas comunidades São Rafael, São Gabriel e Cacheira, além das áreas onde Bruno e Dom foram assassinados e o local onde os corpos foram escondidos. Sacos pretos serão usados para simulação da ocultação dos corpos.
Policiais usam ainda as embarcações utilizadas no dia do crime para verificar a velocidade em que as vítimas teriam tentado fugir dos suspeitos. A Polícia irá verificar ainda a versão de Amarildo que diz que Bruno revidou ao tiro. Há contradições acerca do momento dos disparos e sobre quem atirou primeiro.
À TV Globo, o delegado de Atalaia do Norte, Alex Perez, disse que já ouviu 20 testemunhas: 17 testemunhas e três, suspeitos. Eduardo Fontes, superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, declarou ao Jornal Nacional que pode haver um mandante do crime. No dia 17 de junho, a PF havia dito que os suspeitos teriam agido sozinhos.