Furtos de cabos que vêm causando atrasos e paralisações frequentesDivulgação

Rio - A CPI dos Trens, instalada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), receberá na próxima segunda-feira (4) os secretários estaduais das polícias Civil e Militar, o delegado Fernando Antônio Paes de Andrade e o coronel da PM Luiz Henrique Pires, respectivamente, para discutir questões relacionadas à segurança no entorno e nas estações da SuperVia, devido os frequentes furtos de cabos que vêm causando atrasos e paralisações diárias no sistema ferroviário.
Segundo a deputada Lucinha (PSD), presidente da CPI, os secretários foram convidados para explicar o que a polícia está fazendo para solucionar o problema.

"Durante as vistorias nos quatro ramais da Supervia, constatamos a presença de construções irregulares, mato alto e muito lixo, além da presença do narcotráfico em 12 estações", afirmou.
A SuperVia já registrou de janeiro deste ano até o último domingo (26) 919 ocorrências de furtos de cabos de sinalização do sistema ferroviário, 60% a mais do que o apontado no primeiro semestre do ano passado, quando houve 364 ocorrências. Em 2021, já foram furtados 56.949 metros de cabos, 75% mais do que de janeiro a junho do ano passado, quando 14 mil metros foram levados pelos criminosos.
Atrasos
Com a sequência de atrasos, passageiros enfrentaram problemas pelo quinta dia consecutivo nesta sexta-feira (1). De acordo com a SuperVia, mais uma vez o furto de cabos de sinalização ao longo de vários trechos dos ramais Japeri, Santa Cruz e Saracuruna atrapalham a operação do transporte.

Na última semana, os usuários também sofreram com atrasos de segunda a sexta-feira. Além disso, um outro problema ocorreu na última quarta-feira (26), onde passageiros do ramal de Saracuruna tiveram de trocar de trem depois de uma pane na Estação Gramacho, em Duque de Caxias. Desse modo, muitos deles cruzaram a pé a linha férrea. Sobre esse caso a Supervia informou que houve uma ocorrência técnica com o trem.
A CPI dos Trens foi instalada em fevereiro deste ano e tem como objetivo investigar denúncias de interrupções no serviço de trens; atrasos; superlotação nas composições; falta de acessibilidade e de banheiros nas estações.