A rede pública de saúde oferece tratamento para todos os tipos de hepatite Agência Brasil

São Paulo - Uma porcentagem alta de pessoas pode estar com o vírus de hepatite B ou hepatite C e não sabe. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado (Ibrafig), pelo menos um milhão de pessoas desconhecem que têm as chamadas hepatites virais, que também incluem a hepatite A. Para incentivar a população a fazer testagem contra a doença, o Ibrafig, a Sociedade Brasileira de Hepatologia, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) promovem a campanha Julho Amarelo, que em 2022 adotou o slogan 'Não Vamos Deixar Ninguém para Trás'.
A campanha ocorre neste mês porque o dia 28 de julho é lembrado como Dia Mundial contra as Hepatites Virais. Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), somente nas Américas, apenas 18% dos que vivem com hepatite B foram diagnosticados. E em relação à hepatite B,somente 22% sabem que têm a doença.

A testagem em busca de diagnóstico é importante porque as hepatites virais podem causar cirrose e câncer do fígado. Segundo a Opas, cerca de um milhão de pessoas morrem por ano, em todo o mundo, em decorrência da hepatite. As novas infecções chegam a três milhões por ano. Uma das formas de diagnosticar a doença é por meio de exame de sangue.

Tratamento 

O tratamento para qualquer um dos tipos de hepatite pode ser feito na rede pública de saúde. Para a hepatite B, por exemplo, há vacina, o que contribui para a prevenção da doença em crianças e adultos. Já para o tipo C, segundo a Opas, a chance de cura é de 95% dos casos. A Sociedade Brasileira de Hepatologia ressalta que todas as pessoas as pessoas devem fazer a testagem, mas elaa é recomendada principalmente para:

- Pessoas com idade igual ou superior a 40 anos; aquelas que receberam transfusões de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993; usuários de drogas injetáveis ou que compartilham agulhas injetáveis; além de quem se submeteu a procedimentos de tatuagem, piercing ou de escarificação com material não descartável ou sem o devido cuidado sanitário;

- Pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com doenças sexualmente transmissíveis;

- Pessoas que ingerem álcool em excesso.