Dom Phillips e Bruno Pereira desapareceram em cinco de junho, no Vale do JavariReprodução

A Polícia Federal prendeu o principal suspeito de ser o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips. O peruano Rubens Vilar Coelho, conhecido como Colômbia, foi detido em flagrante por uso de documento falso, quando prestava depoimento na delegacia de Tabatinga (AM)
Ao blog da jornalista Andréia Sadi, o superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, disse que Colômbia estava sendo ouvido na delegacia de Tabatinga sobre suposta participação nos homicídios, mas negou o envolvimento no caso. Ele foi detido, em flagrante, por uso de documentos falsos. O suspeito não poderá ser solto sob fiança, já que a pena para o crime de uso de documentação falsa é superior a quatro anos.
A Polícia investiga um esquema comandado por Colômbia de exportação de pescado comprado ilegalmente. O negócio serviria para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. O trabalho desenvolvido por Bruno e Dom na região estaria prejudicando as atividades ilícitas do suspeito.
A Polícia investiga um esquema comandado por Colômbia de exportação de pescado comprado ilegalmente. O negócio serviria para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. O trabalho desenvolvido por Bruno e Dom na região estaria prejudicando as atividades ilícitas do suspeito.
Bruno e Dom foram assassinados no início de junho na região do Vale do Javari, no Amazonas. Uma das linhas de investigação da Polícia é de que Colômbia seja o mandante dos assassinatos de Bruno e Dom.
A Polícia Federal deve conceder entrevista coletiva nesta sexta-feira, 8, para dar informações acerca do avanço das investigações a partir da reconstituição do crime e sobre o envio do caso para a Justiça Federal, já que ele ocorreu em terras indígenas.
Também nesta sexta-feira, 8, vence o prazo da prisão dos outros três suspeitos do crime — Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, o Dos Santos; Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha. A PF espera que a Justiça Federal se manifeste nas próximas horas sobre o pedido de prisão preventiva do trio.
PF chegou a descartar mandante
Em nota do dia 17 de junho, a PF descartou a hipótese de que o duplo homicídio tivesse um mandante ou envolvesse organização criminosa. Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Pelado confessou espontaneamente os assassinatos do jornalista britânico e do indigenista. Dom e Bruno foram perseguidos pelos criminosos em uma lancha e chegaram a realizar "disparos de arma de fogo" contra a dupla.
Pelado disse que, após serem capturados, Dom e Bruno foram executados. Os corpos foram esquartejados e enterrados em uma área da mata. De acordo com a perícia realizada pela Polícia Federal, o jornalista foi encontrada nos corpos das vítimas "munição típica de caça". Dom recebeu um tiro e Bruno, dois.