Ciro Gomes e Lula lamentaram a morte do dirigente petista em Foz do IguaçuSérgio Lima/Poder360
Assassinato em Foz do Iguaçu gera indignação na classe política
Críticas ao discurso de ódio da base bolsonarista marcam as manifestações de pesar pela morte de Marcelo Arruda.
A morte do dirigente petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), gerou um clima de indignação entre políticos das mais variadas correntes ideológicas. Os pré-candidatos à presidência Luiz Inácio Lula da Silva Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), o ex-juiz Sérgio Moro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) utilizaram as redes sociais para repudiar o crime e pedir que a polarização da campanha eleitoral não se transforme em violência política.
Em postagens no Twiitter, Lula lamentou o assassinato. "Nosso companheiro Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário de 50 anos com a família e amigos, em paz, em Foz do Iguaçu. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, sua festa tinha como tema o PT e a esperança no futuro; com a alegria de um pai que acabou de ter mais uma filha".
O petista aproveitou para fazer um apelo à militância: "Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de José Rocha Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável. Pelos relatos que tenho, Guaranho não ouviu os apelos de sua família para que seguisse a sua vida. Precisamos de democracia, diálogo, tolerância e paz."
Ciro Gomes também se manifestou sobre o crime. "É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas", destacou.
O ex-juiz Sérgio Moro foi outro que usou as redes sociais para condenar o assassinato do dirigente petista. "Precisamos repudiar toda e qualquer violência com motivação política ou eleitoral. O Brasil não precisa disso", afirmou Moro em postagem no Twitter.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou o assassinato de Arruda como "barbárie". Em sua conta no Twitter, ele conclamou a classe política a "lutar para combater este ódio, que vai contra os princípios básicos da vida em família, em sociedade e em uma democracia". Pacheco fez ainda um apelo em favor da pacificação dos ânimos: "A convivência com o contraditório deve ser mais do que respeitada. Deve ser preservada e estimulada, pois é dessa forma que podemos, por meio de diálogo e busca de consensos, evoluir para um país melhor".
Já Renan Calheiros apontou o comportamento do presidente Jair Biolsonaro como elemento fomentador do ódio político. "O assassinato de um líder sindical e dirigente partidário por um bolsonarista, mais que covardia, é tempestade gerada na usina de ódio e intolerância que Bolsonaro instila todo dia no coração dos brasileiros", escreveu Renan Calheiros em uma mensagem na sua conta no Twitter. "Esse facínora precisa ser derrotado no primeiro turno", completou o senador.
O Diretório Nacional do PT divulgou nota oficial lamentando o assassinato de Arruda. No documento, o partido atribui a Bolsonaro a responsabilidade pelo clima de radicalização política. "Embalados por um discurso de ódio e perigosamente armados pela política oficial do atual Presidente da República, que estimula cotidianamente o enfrentamento, o conflito, o ataque a adversários, quaisquer pessoas ensandecidas por esse projeto de morte e destruição vêm se transformando em agressores ou assassinos", assinala a nota.
O documento do PT exige ainda a adoção de medidas de combate à violência política. "Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa fora dos marcos da democracia e civilidade."
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