Ricardo gritou em espanhol e Xavier deixou o local às pressasReprodução / Globo News

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, deixou a assembleia geral do Fundo para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas da América Latina e Caribe (Filac) em Madri, na Espanha, após protestos de um brasileiro durante a cerimônia. O homem entrou no local e disse os convidados que Xavier não deveria ser recebido pela cúpula e o responsabilizou pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips.
"Este homem não é digno de estar entre vocês. Marcelo Xavier é um assassino. Este homem é miliciano, é responsável pela morte do indigenista Bruno Pereira do Phillips", gritou Ricardo Rao em espanhol.
O brasileiro estava acompanhando o evento quando levantou do local onde estava sentado e, gritando, gritou diversas vezes contra Xavier. Segundo a TV Globo, Rao era funcionário da Funai e trabalhava como indigenista, assim como Bruno. Ele coordenador regional no Maranhão e, fugiu para a Europa após receber ameaças por conta do trabalho desenvolvido na região.
Bruno e Dom
Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram mortos em 5 de junho de 2022, durante uma expedição pelo Vale do Javari, segunda maior terra indígena do Brasil, no extremo-oeste do Amazonas. A dupla teve os corpos queimados e enterrados na região. Até o momento, três suspeitos foram presos,  Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como Pelado; Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, conhecido como "Dos Santos" e , Jefferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha". 
Uma das questões a serem respondidas pela investigação é a existência de um mandante do crime. Dom e Bruno deram início à viagem para pesquisa de um novo livro, chamado "Como Salvar a Amazônia?". Dom estava entrevistando lideranças indígenas e ribeirinhos com a ajuda do indigenista, que conhecia a região.