O último sobrevivente de uma comunidade indígena, cuja etnia não foi identificada, foi encontrado morto, segundo nota divulgada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), neste sábado, 27. Conhecido como “Índio Tanaru” ou “Índio do buraco”, o indígena vivia em isolamento voluntário e era monitorado e protegido pela Funai por meio da Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Guaporé, no estado de Rondônia, há cerca de 26 anos.
O corpo dele foi encontrado dentro da sua rede de dormir em sua palhoça localizada na Terra Indígena Tanaru, na terça-feira, 23, durante a ronda de monitoramento e vigilância territorial realizada pela equipe da FPE Guaporé, Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC).
Segundo a Funai, não havia vestígios da presença de pessoas no local, e nem foram avistadas marcações na mata durante o percurso. Também não havia sinais de violência ou luta.
Os pertences, utensílios e objetos utilizados costumeiramente pelo indígena permaneciam em seus devidos lugares. No interior da palhoça havia dois locais de fogo próximos da sua rede.
A perícia foi realizada pela Polícia Federal, com a presença de especialistas do Instituto Nacional de Criminalística (INC) de Brasília e apoio de peritos criminais de Vilhena (RO). As atividades foram acompanhadas por servidores da Funai.
Nos trabalhos, foram utilizados equipamentos como drone e escâner 3D, além de serem coletados diversos vestígios e o corpo do indígena, que serão analisados pelo INC em Brasília.
Na nota, a Funai lamentou profundamente a perda do indígena e informou ainda que, ao que tudo indica, a morte se deu por causas naturais. O laudo ainda será confirmado por um médico legista da Polícia Federal.
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