Um policial militar disparou contra um religioso durante um culto em uma igreja evangélica em Goiânia(GO), na última quarta-feira (31). O caso teria sido motivado por conta de uma divergência política.
De acordo com o "Diário de Goiás", a confusão aconteceu na Congregação Cristã no Brasil (CCB), localizada no bairro goiano Finsocial.
Ao jornal, o irmão da vítima, Daniel de Souza, informou que as agressões tiveram início após Davi Augusto de Souza, de 40 anos, conceder uma entrevista ao Diário de Goiás no último dia 24 de agosto. Na reportagem, Davi disse que o líder da igreja estava pressionando fiéis a votarem no presidente Jair Bolsonaro (PL).
Davi está internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ele passou por uma cirurgia e não corre risco de morte.
A Polícia Militar instaurou um processo para apurar o que teria motivado o disparo. Na ocorrência, consta apenas a versão dos policiais que estiveram no local, que informaram que o parceiro efetuou o disparo de forma acidental.
Já Daniel contesta as informações. Segundo ele, o militar iniciou a briga com socos nele e no irmão. Em seguida, tentou atirar por diversas vezes, mas a arma falhou.
Mesmo após Daniel ter sido baleado, a igreja seguiu com culto normalmente, inclusive com a movimentação de policiais e bombeiros na porta do local, disse o irmão da vítima. "Eles continuaram com o culto, normalzinho como se nada estivesse acontecido", relatou.
Em nota, a Polícia Militar de Goiás informa que assim que tomou conhecimento do caso, determinou a instauração de procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstância do fato. E ainda de acordo com a nota, o policial que efetuou o disparo se apresentou de forma espontânea na Polícia Civil para os procedimentos cabíveis.
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