Rio - Ao abrir mão da candidatura à presidência da República e assumir o apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal André Janones (Avante-MG) passou a ocupar um importante e polêmico papel na campanha "extraoficial" no campo das redes sociais. O parlamentar mineiro propagou na segunda-feira, 5, uma fake news que relaciona a suspensão do piso salarial da enfermagem ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
"ATENÇÃO URGENTE: Partido de Bolsonaro estaria por trás do pedido pra suspender a lei que aprovamos no congresso, garantindo o piso salarial da enfermagem. Se for confirmado é grave, muito grave!", postou.
Vale ressaltar que a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu opiso salarial de R$ 4.750 para os profissionais de enfermagem foi fruto uma ação movida pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), e não pelo PL, partido de Jair Bolsonaro.
O chamado "efeito Janones" tumultuou ainda mais o debate, acirrando a disputa com os bolsonaristas nas redes sociais. Sem papel fixo ou oficial na campanha de Lula, Janones admitiu a estratégia de combater à candidatura de Bolsonaro com fake news.
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A menos de um mês para as eleições, marcadas para o dia 2 de outubro, o embate nas redes tem gerado muitos questionamentos, com participação ativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na avaliação para a suspensão de veiculação de peças partidárias que contêm informações falsas ou que extrapolem as leis eleitorais. No combate às fake news, o Judiciário têm encontrado a maior dificuldade no controle à proliferação de notícias inverídicas, muitas vezes por parte dos próprios candidatos.
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