Rafael Silva de Oliveira matou colega de trabalho durante discussão políticaReprodução
Neste sábado, 10, uma testemunha que teria estado com o suspeito na madrugada de quinta-feira, 8, foi ouvida pelo delegado.
A testemunha, um colega do Rafael, afirmou que foi procurado pelo bolsonarista na madrugada de quinta e que ele teria dito: "Fiz uma besteira, matei um cara. Acho que a polícia vai me pegar."
Para confirmar o que estava dizendo, Rafael mostrou à testemunha um vídeo no celular com imagens da vítima já morta no chão. Em seguida, ele pediu uma carona para chegar a Porto Alegre do Norte. A viagem, no entanto, não aconteceu, porque o carro estava quebrado.
Como não conseguiu a carona, Rafael entregou o celular para a testemunha, que o repassou para o delegado neste sábado. "Quando o celular foi entregue na delegacia estava formatado e não foi possível confirmar se havia imagens da vítima, mas vamos solicitar perícia no aparelho", disse Oliveira.
O juiz da 3ª Vara de Porto Alegre do Norte, Carlos Eduardo Pinto, nomeou o advogado dativo Matheus Boss para a defesa do suspeito. Confresa e Porto Alegre do Norte não dispõem de Defensoria Pública.
Ross acompanhou a audiência de custódia e confirmou, como Broadcast (sistema de notícias em tempo real da Agência Estadão) antecipou na sexta, que o autor do crime foi preso na cerâmica onde ele trabalhava, e não no hospital. O advogado disse que não poderia fornecer mais detalhes do caso, mas para ele ficou claro que a motivação foi de ordem política.
Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, trabalhava numa chácara que fornecia lenha para a cerâmica Tijolão, onde Rafael Silva de Oliveira, de 22, trabalhava por empreitada.
O crime aconteceu na quarta-feira, 7, após discussão entre o bolsonarista e o lulista numa região de chácara do município de Confresa. O corpo da vítima foi encontrado no dia seguinte por Lourival da Costa e Silva por volta das 11 horas, próximo à Agrovila Luminar.
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