João Carlos dos Santos relatou que foi até o Hospital Ônix Batel para colocar o coletor, mas médico disse que faria um 'procedimento de guerra'Reprodução/Rádio CBN

Curitiba - Um homem de 35 anos, que precisava colocar uma bolsa de colostomia, teve uma luva cirúrgica colocada no corpo por um médico, em um hospital particular de Curitiba, Paraná. O caso aconteceu no dia 22 de setembro. O paciente, João Carlos dos Santos, se recuperava de uma cirurgia no rim. As informações foram divulgadas pela rádio CBN.
De acordo com o paciente, no momento, ele não viu problemas na troca. Somente ao chegar em casa que João se deu conta do ocorrido. Ele contou que havia feito a cirurgia no Hospital Ônix Batel, no dia 14 e teve alta na manhã seguinte. 
Uma semana após a cirurgia, o homem foi até o Centro Clínico Pinheirinho para colocar o coletor. O médico disse que o equipamento estava em falta e que faria um "procedimento de guerra", substituindo pela luva cirúrgica. A vítima saiu do hospital com o item colado por esparadrapos na pele.
No mesmo dia, após perceber que o procedimento não foi feito da forma adequada, João pediu ajuda para uma amiga que trabalha em um hospital. Ela fez a troca da luva pela bolsa de colostomia.
Em nota, o Centro Clínico Pinheirinho, informou que "lamenta profundamente o ocorrido, que possa ter gerado algum desconforto ao paciente". "Por isso, assim que teve conhecimento dos fatos, desligou o médico e acolheu o paciente", acrescentou a empresa.
Ainda segundo a unidade de saúde, João está bem e continua em tratamento. Questionada sobre a substituição do coletor e a respeito da falta do material na clínica, a empresa não retornou o contato. Também foi perguntado se a troca poderia ser danosa à saúde do paciente, mas não houve retorno.
Confira a íntegra da nota do Centro Clínico Pinheirinho:
"“A prioridade do Centro Clínico Pinheirinho é oferecer o melhor atendimento aos clientes. Por isso, a unidade lamenta profundamente que o ocorrido, no Centro Clínico Pinheirinho, possa ter gerado algum desconforto ao paciente. Por esse motivo, assim que houve conhecimento dos fatos, o médico foi desligado, o paciente foi acolhido, e todas as suas demandas estão assistidas. O paciente está bem e em continuidade ao seu tratamento ambulatorial. A companhia preza pelo bem-estar do paciente sempre e está em contato direto e à disposição do beneficiário para melhor assisti-lo.”