Frota de veículos leves tem aproximadamente 45 milhões de automóveis e cerca de 26 milhões são anteriores a 2013, segundo ministroReprodução/Agência Brasil

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou um programa que visa substituir veículos antigos e mais poluentes por outros mais novos e que emitem menos gases. O ministro da pasta, Joaquim Leite, disse nesta quinta-feira, 27, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, que o país tem mais de 2,3 milhões de caminhões e cerca de 900 mil tem mais de 30 anos.
De acordo com Leite, a frota de veículos leves tem aproximadamente 45 milhões de automóveis e cerca de 26 milhões são anteriores a 2013, disse o ministro. Ele explicou que a iniciativa, batizada de Frota Mais Verde, dará um bônus para quem sucatear o veiculo com mais de 30 anos. A decisão foi publicada no Diário Oficial no dia 19.
Segundo o responsável pela pasta, isso vai acontecer por meio da criação de um fundo garantidor com juros mais baratos para que a pessoa possa comprar um veículo mais moderno, menos emissor e com menos impacto ambiental. “Não é para comprar um veículo novo e sim um veículo mais novo” explicou. “Se a gente conseguir renovar a frota o impacto para o meio ambiente é muito maior”.
Projeção internacional

Durante a entrevista, Leite também declarou que o Brasil quer se apresentar como um fornecedor de energias verdes para o mundo na próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática – a COP 27 – que será realizada entre os dias 6 e 18 de novembro no Egito.
“O Brasil tem um grande potencial de produzir energia limpa e barata”, afirmou o ministro. Ele destacou que esse é o grande diferencial do país. Durante a entrevista, Leite esclareceu que energias verdes se tratam daquelas 100% renováveis, como energia solar, eólica e de biomassa. Energias que, segundo ele, podem ser transformadas em hidrogênio verde e amônia verde para exportação".
Leite disse ainda que a conferência será uma oportunidade de o Brasil trazer financiamento climático “para acelerar essa economia verde”. A expectativa, de acordo com o ministro é de que o setor privado atue nessas atividades sendo financiado com juros mais baratos.