STF repudia 'atos de intolerância e violência' contra ministros em NYMarcello Casal Jr / Agência Brasil

O STF (Supremo Tribunal Federal) emitiu, nesta segunda-feira (14), um comunicado condenando os ataques que os ministros da Corte sofreram em Nova York, nos Estados Unidos.
O texto, assinado por Rosa Weber, ressalta que a democracia é incompatível com os registros de intolerância que estão circulando nas redes sociais desde o último domingo (13), onde bolsonaristas aparecem hostilizando os ministros.
"O Supremo Tribunal Federal repudia os ataques sofridos por ministros da Corte, em Nova Iorque. A democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões, a legitimar o dissenso, mostra-se absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão", disse a nota.

Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowisk, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes estão nos EUA para participar do Lide Brazil Conference, no HCNY (Harvard Club of New York).

Ataques a Barroso, Moraes, Gilmar e Lewandowisk
Luís Roberto Barroso foi abordado por uma apoiadora de Jair Bolsonaro (PL) enquanto caminhava pelas ruas de Nova York. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma mulher afirmando que a população brasileira é maior que o Supremo.

"Nós vamos ganhar essa luta. O senhor está entendendo que nós vamos ganhar essa luta? Cuidado, o povo brasileiro é maior que a Suprema Corte. Você não vai ganhar o nosso país. Foge!", diz a mulher.
Alexandre de Moraes, por sua vez, foi xingado enquanto estava em um restaurante na cidade norte-americana. Em um dos vídeos compartilhado nas redes sociais, o ministro é abordado por um brasileiro, que acusa Moares de estar gastando o "dinheiro do povo brasileiro".

Ao final do vídeo, o homem xinga o ministro do Supremo de "vagabundo" e comemora com outras pessoas que estão fora do restaurante.
Já Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowisk foram hostilizados no momento em que estavam saindo do hotel onde estavam hospedados em NY . Gilmar Mendes, de 66 anos, foi xingado por brasileiros que usaram palavras de baixo calão, como “filho da puta”, “bandido” e “velho de merda”. Logo em seguida, na saída de Lewandowski os xingamentos se repetem.