PL não entra em consenso sobre candidato à presidência do SenadoEVARISTO SA / AFP

O Partido Liberal tem debatido para encontrar um nome que seja aceito por todos para disputar à Presidência do Senado. Rogério Marinho ( PL ) é o favorito, mas a ala mais próxima de Jair Bolsonaro (PL) não confia totalmente no senador eleito. A aposta é que ele não terá coragem de colocar em pauta assuntos de interesse dos bolsonaristas.
Segundo apurou o Portal iG, Marinho tem um comportamento visto como político, ou seja, com a caneta na mão, pode optar por compor junto com o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A direção da sigla tem procurado outras opções, mas não vem obtendo sucesso.
Flávio Bolsonaro (PL) é o principal articulador para resolver a questão. Ele conversou com Marinho e a principal promessa feita pelo senador eleito é de colocar em pauta o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. O filho do presidente da República gostou do que escutou.

Ele aconselhou o pai a dar um voto de confiança para Marinho. Na avaliação dele, é uma grande oportunidade de mostrar que Bolsonaro tem se aproximado mais do centro e fugindo do radicalismo.
“O Flávio é articulado, sabe negociar e consegue frequentar lugares que ninguém do bolsonarismo consegue. O Marinho ter a aprovação dele é fundamental”, explicou um deputado federal que faz parte da base governista.

A escolha deve ser anunciada nos próximos dias. Depois que fizer a comunicação, a sigla buscará a aliança de outros partidos para derrubar Rodrigo Pacheco (PSD).

Pacheco é visto como inimigo
O PL não quer apoiar Pacheco. Na avaliação do partido, o presidente do Senado não apoiou Bolsonaro nas principais pautas do governo. Mesmo que não vença, o recado que a sigla quer passar é de que será oposição não apenas de Lula, mas também do comando da Casa de Leis.

Valdemar Costa Neto tem como objetivo fazer com que Bolsonaro seja a principal opositor de Lula para disputar à presidência em 2026.