São Paulo - Foram determinadas as prisões dos influenciadores bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza , ligado ao canal Hipócritas no YouTube. As ordens partiram do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada. As informações foram reveladas pela Folha de São Paulo.
Estáquio e Fugazza, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), têm participado e incentivado atos antidemocráticos que pedem para membros das Forças Armadas que realizem um golpe militar e não deixem que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tome posse no dia 1° de janeiro.
Oswaldo foi preso pela Polícia Federal em 2020, também por uma determinação de Moraes. À época, ele foi acusado de participar da organização de atos antidemocráticos que ocorreram no dia 7 de setembro daquele ano.
A Polícia Federal tem procurado a dupla. Segundo informações da Folha de S.Paulo, Eustáquio não obedece às condições impostas para sua liberdade. Inclusive, o bolsonaristas afirmou na semana passada que protocolou uma ação contra o ministro do Supremo na Corte IDH (Interamericana dos Direitos Humanos). Oswaldo acusa Moraes de usar a máquina pública em benefício próprio.
Já o pedido de prisão de Bismark é em relação ao apoio dos atos golpistas. "A gente está junto com o povo na rua há mais de 30 dias. Há 30 dias, junto com o povo. Eu saí de Itajaí, Santa Catarina, e estou aqui em Brasília, desde o dia 3. Tenho andado até com o Oswaldo Eustáquio, que também sofreu censura, hoje está na cadeira de rodas, até por consequência disso", afirmou ele em uma audiência feita no Senado Federal.
Violência preocupa as autoridades
No dia 24 de dezembro, o empresário George Washington Souza foi preso por tentativa de ato terrorista nas proximidades do Aeroporto de Brasília. Ele afirmou aos policiais que seu objetivo era transformar a capital federal em um verdadeiro “caos” nas vésperas da posse de Lula.
Nesta segunda (26), o hotel em que Lula está hospedado sofreu uma varredura da equipe antibomba da Polícia Federal e o Senado Federal decidiu proibir a entrada de visitantes até o dia da posse.
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