Futuro ministro em coletiva de imprensa, ao lado do futuro ministro da Defesa, José Múcio, e do governador do Distrito Federal, Ibaneis RochaRenato Alves

O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, garantiu nesta terça-feira, 27, que o roteiro da posse do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será mantido "em todas as suas dimensões". De acordo com Dino, há o compromisso com o policiamento ostensivo no dia. "Não serão pequenos grupos terroristas que irão emparedar as instituições", disse.

"Nós temos toda a tranquilidade de reiterar o convite para que as pessoas participem da posse", disse o futuro ministro em coletiva de imprensa, ao lado do futuro ministro da Defesa, José Múcio, e do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
"Não serão pequenos grupos terroristas e extremistas que irão emparedar as instituições", declarou, em referência à tentativa de um militante bolsonarista de explodir uma bomba nas imediações do aeroporto de Brasília na véspera de Natal.

O governador reeleito reiterou o compromisso de Dino. "Estaremos com todo o efetivo da Polícia Militar de prontidão" na posse, disse Rocha. Sobre os acampamentos bolsonaristas, ele detalhou que a desmobilização está sendo feita pouco a pouco.

Por sua vez, Múcio destacou: "saímos daqui mais confiantes e com absoluta garantia que a posse será um dia de festa".

Na noite de sábado, 24, véspera de Natal, autoridades policiais prenderam em flagrante, por atentado contra o Estado, o gerente de posto de combustível George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, que confessou ter tentado explodir um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal para provocar falta de energia e dar início, segundo o próprio acusado, a um caos que levasse à decretação de um estado de sítio no país. Ele também planejava explodir uma bomba no estacionamento do aeroporto.

O evento aumentou a tensão para a posse do presidente eleito, que será realizada dia 1º. Manifestantes bolsonaristas acampam em frente ao quartel-general do Exército desde a proclamação do resultado das eleições e pedem intervenção militar para impedir a posse de Lula.