Brasília - O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se manifestou com pesar nesta quinta-feira, 29, sobre a morte de Pelé, aos 82 anos, em decorrência da falência múltiplas de órgãos, resultado da progressão de um câncer no cólon. Torcedor do Corinthians, um dos grandes rivais do Santos de Pelé, Lula o destacou com um dos "poucos brasileiros" que levaram o nome do Brasil tão longe.
"Eu tive o privilégio que os brasileiros mais jovens não tiveram: eu vi o Pelé jogar, ao vivo, no Pacaembu e Morumbi. Jogar, não. Eu vi o Pelé dar show. Porque quando pegava na bola ele sempre fazia algo especial, que muitas vezes acabava em gol... Confesso que tinha raiva do Pelé, porque ele sempre massacrava o meu Corinthians. Mas, antes de tudo, eu o admirava. E a raiva logo deu lugar à paixão de vê-lo jogar com a camisa 10 da Seleção Brasileira", disse Lula, numa série de publicações no Twitter.
"Poucos brasileiros levaram o nome do nosso país tão longe feito ele. Por mais diferente do português que fosse o idioma, os estrangeiros dos quatros cantos do planeta logo davam um jeito de pronunciar a palavra mágica: Pelé", publicou.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) não se manifestou pelas redes sociais. Pouco mais de três horas da confirmação da morte de Pelé, o perfil do governo federal emitiu uma nota oficial lamentando o falecimento do Rei. O documento cita o presidente da República: "O Presidente da República, Jair Bolsonaro, roga a Deus que o receba em Seus braços e dê força e fé a toda a sua família e amigos para superar esse difícil momento".
Vale lembrar que Peléfoi ministro Extraordinário do Esporte por quase quatro anos, entre 1995 e 1999 no primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso.
Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, prestaram condolências à família e homenagearam o Rei do Futebol pelas redes sociais, assim como Exército brasileiro, que lembrou o tempo de serviço do jovem Edson Arantes do Nascimento.
Soldado Nascimento: relembre a passagem de Pelé pelo Exército Brasileiro
Único brasileiro que bateu bola no jardim da Casa Branca, Washington, ao lado do 40º presidente americano, Ronald Reagan, Pelé foi reverenciado por onde passou. E sua morte foi lamentada com pesar, mas com homenagens, por lideranças e autoridades políticas de diversos países, como o presidente da França, Emmanuel Macron: "O Jogo. O Rei. A Eternidade", disse Macron, ao publicar uma foto de Pelé.
Presidente dos Estados Unidos por dois mandatos, Barack Obama, também foi às redes sociais prestar sua homenagem: "Nossos pensamentos estão com sua família e todos que o amavam e admiravam... Pelé foi um dos maiores que já jogou o belo jogo. E como um dos atletas mais reconhecidos do mundo, ele entendeu o poder do esporte para unir as pessoas", disse o ex-presidente americano.
Outra autoridade internacional que prestou condolências ao ídolo brasileiro foi a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. "Graças ao seu talento e à sua classe, conseguiu deixar a sua marca mesmo nas gerações que não tiveram a sorte de o ver jogar. Hoje o mundo inteiro chora uma lenda chamada Pelé", disse.
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