Ricardo Cappelli afirma que todo efetivo policial será mobilizado para possíveis atos golpistas na capitalEvaristo Sá/AFP
Ao menos dois ônibus do Batalhão de Guarda Presidencial (BGP), com tropa de choque e canil, desembarcaram no Planalto militares com mochilas e equipamentos para contenção de distúrbios civis, como lançadores de bombas de gás, capacetes, armaduras, escudos, cassetetes e espingardas de bala de borracha. Outros militares, porém, portam escopetas e pistolas de munição letal.
Na garagem do palácio, no segundo subsolo, os militares instalaram camas móveis, galões de água e biombos. Eles posicionaram os equipamentos de proteção e mochilas no chão.
O reforço de segurança é muito superior ao reduzido efetivo empregado no domingo, quando houve uma tentativa de golpe de Estado, batizada por integrantes do governo Lula de ‘capitólio brasileiro’. Falhas na atuação do Exército, para impedir e repelir a investida dos golpistas, motivaram críticas dentro e fora do governo. O episódio será objeto de investigação, segundo ministros.
No dia do ataque, os soldados do Exército foram orientados e posicionados pessoalmente pelo coronel de Infantaria Paulo Jorge Fernandes da Hora. O oficial é o comandante do BGP. O coronel Fernandes vem sendo alvo de uma série de críticas e até cobranças de demissão por causa das falhas no ‘capitólio brasileiro’.
Em um dos vídeos gravados que circulam nas redes sociais, ele tenta conter a entrada de policiais militares e bate-boca com eles. Nas imagens, os policiais perguntam se ele estava "louco" e afirmam que iriam efetuar prisões. Ambos gritam palavrões.
A proteção do Palácio do Planalto é feita tradicionalmente pelo BGP e pelo 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (RGC), mas a coordenação e pedidos de reforço do efeito, segundo o Exército, cabe ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), chefiado pelo general Gonçalves Dias, ministro que foi chefe da segurança de Lula nos mandatos anteriores. O BGP tem cinco infantarias de guarda entre suas unidades.
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