A mãe de Vitor Augusto Marcos de Oliveira, se revoltou após ver lixo dentro do caixão no qual o filho, de 25 anos, foi colocado. Vitor morreu na quinta-feira, 5, em frente ao Hospital Geral de Taipas, na zona norte de São Paulo, enquanto aguardava uma maca especial para pessoas obesas. Ele pesava 190kg.
Em vídeo que circula nas redes sociais, Andreia da Silva diz que "brincaram de novo" com o peso do filho e critica ainda o tamanho da maca. "Mais uma vez gordofobia", afirma.
"Alguém tem que fazer alguma coisa. (...) Eu to tentando ficar calma, mas não dá. O meu filho tava em cima do lixo", diz ela ao advogado. "Graças a Deus eu te tirei de dentro do lixo. Meu filho ia ser enterrado dentro do lixo", ela grita.
Confira:
A pauta sobre gordofobia é urgente, a mãe perde o filho pq dois hospitais negaram atendimento por ele ser gordo, e na hora de enterrar a funerária enche de lixo o caixão? O q essa mulher preta e gorda tá passando é combo de gordofobia + racismo, e ninguém faz nada ⬇️ pic.twitter.com/DnDplzxIBC
A funerária Trianon esclareceu que foi contratada para fazer apenas o transporte do corpo. "O transporte consistia em levar o corpo do IML Central a clínica de tanatopraxia para realizar o embalsamamento e a ornamentação. Posteriormente, retirar o corpo da clínica e levar ao cemitério de Franco da Rocha", afirmou a nota.
"Esclarecemos que o embalsamamento e a ornamentação do corpo do Senhor Vitor é de inteira responsabilidade da Clinica de Tanatopraxia Cooperaf (Cooperativa de Trabalho dos Agentes Funerários de São Paulo). Informamos ainda, que nossa empresa tomou conhecimentos dos fatos após o corpo ter sido transferido para um outro caixão, sem a presença de qualquer um dos nossos coloboradores", completou.
A reportagem do DIA tentou contato com a Cooperaf, mas, ao citar o acontecimento, a atendente desligou o telefone e não atendeu mais. Ao "G1", a clínica disse que "o nivelamento do corpo com papéis e a utilização de pó de serra são práticas habituais na área". Ao ser questionada pela presença dos caixotes de madeira, ela também encerrou a ligação.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Saulo explicou que "todas as circunstâncias relativas ao caso são investigadas por meio de inquérito policial instaurado pelo 74º Distrito Policial (Parada Taipas)" e disse que aguarda "o comparecimento da mãe da vítima, que foi chamada para prestar depoimento, bem como de representantes dos hospitais onde o jovem compareceu."
Ainda segundo o texto, até o momento, a delegacia não recebeu formalmente as imagens referentes ao caixão da vítima. No entanto, os vídeos na internet "já estão sob análise".
Exames periciais foram solicitados, estão em fase de elaboração, e serão analisados pela autoridade policial quando concluídos.
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