Lula afirmou que, na sua visão, Bolsonaro não respeitou as Forças ArmadasAFP
Lula diz que novo comandante do Exército pensa exatamente como ele
Presidente ressaltou que as Forças Armadas têm papel definido na Constituição, o de garantir a soberania
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 23, em Buenos Aires que o novo comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, pensa exatamente como ele sobre o papel das Forças Armadas, definido pela Constituição. No último sábado, 21, o petista demitiu o general Júlio Arruda no comando do Exército.
"Eu escolhi um comandante do Exército que não foi possível dar certo e escolhi outro comandante. Tive uma boa conversa com o novo comandante, e ele pensa exatamente com tudo que tenho falado sobre a questão das Forças Armadas. As Forças Armadas não servem a um político, ela não existe para servir um político", afirmou o petista na Casa Rosada.
Lula ressaltou que as Forças Armadas têm papel definido na Constituição, o de garantir a soberania. "Eu penso que todas as carreiras de Estado não podem se meter na política durante o exercício da função. Porque essa gente tem estabilidade, essa gente não pertence a nenhum governo, essa gente pertence ao Estado brasileiro, portanto, eles precisam aprender democraticamente", declarou.
Para o presidente, o culpado pela politização das Forças Armadas é o ex-presidente Jair Bolsonaro. "O Bolsonaro conseguiu a maioria em todas as forças militares, a polícia dos estados, a polícia rodoviária, uma parte da polícia militar e uma parte das Forças Armadas. Agora nós temos um papel de muita responsabilidade que é fazer com que o País volte à normalidade e as forças policiais e militares voltem à normalidade", disse o petista.
Lula ressaltou que, na sua visão, Bolsonaro não respeitou a Constituição e as Forças Armadas. "E eu tenho certeza que nós vamos colocar as coisas no lugar. O Brasil vai voltar à normalidade. As Forças Armadas vão cumprir com seu papel, o poder Executivo vai cumprir com seu papel, o poder Legislativo vai cumprir com seu papel, e assim o Brasil vai ficar bem", disse o presidente na Argentina.
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