Do Val deu declarações contraditórias sobre reunião com Bolsonaro e Daniel SilveiraMarcelo Camargo/Agência Brasil
A corporação informou o STF (Supremo Tribunal Federal) que já concluiu a coleta de dados do aparelho. A PF contatou a Corte na última sexta-feira, 3, para informar que tinha finalizado o processo.
“A Polícia Federal solicitou autorização para restituir o aparelho celular – fornecido espontaneamente por Marcos do Val – por já ter realizado a extração dos dados. Diante disso, nos termos do art. 118 do Código de Processo Penal, autorizo a restituição do celular de Marcos do Val. Comunique-se à autoridade policial. Ciência à Procuradoria-Geral da República. À Secretaria para as providências. Publique-se. Brasília, 7 de fevereiro de 2023”, pontuou Moraes.
Em uma live realizada na madrugada do dia 2 de fevereiro, Marcos do Val afirmou que Bolsonaro e Daniel Silveira sugeriram uma reunião para comprometer o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A ideia era gerar uma conversa para insinuar a parcialidade do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no processo eleitoral e anular o resultado do pleito que deu vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Horas após a live, do Val alterou suas falas e disse que o ex-presidente da República apenas participou do encontro, mas não esboçou reação quando foi sugerida a ideia golpista. Em seguida, mudou novamente seu depoimento e disse que Bolsonaro apenas aguardaria a resposta do parlamentar.
O senador prestou depoimento à PF no mesmo dia, mas, novamente, alterou fatos narrados anteriormente. Moraes acredita que o senador tenta, de alguma forma, atrapalhar as investigações sobre os atos golpistas.
Investigação sobre falso testemunho
Diante das alterações nas falas do senador, Moraes determinou, na sexta-feira, 3, que a Polícia Federal abrisse uma investigação contra Marcos por suspeita de falso testemunho e denunciação caluniosa.
Moraes pediu para que PF cumpra diligências necessárias para investigar o senador e determinou o sigilo do processo. Ele ainda ordenou que a revista Veja e as emissoras CNN e GloboNews enviassem as entrevistas do parlamentar ao STF no prazo de cinco dias.
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