Maior terra indígena do Brasil chegou a uma situação de emergência sanitária, com crianças, adultos e idosos com doenças como malária, pneumonia, desnutrição, e contaminação por mercúrioReprodução

Cerca de 78% das crianças Yanomami com desnutrição resgatadas em Roraima tiveram ganho de peso, apontam dados de acompanhamento de pacientes da Casa de Saúde Indígena (Casai). Segundo o Ministério da Saúde, um total de 186 atendimentos de crianças entre 0 e 14 anos foram realizados na unidade de janeiro até a última segunda-feira, 13.
Os detalhamentos constam em um informe criado pela pasta intitulado de "Missão Yanomami". A maior terra indígena do Brasil chegou a uma situação de emergência sanitária, com crianças, adultos e idosos em condições dramáticas de saúde — com doenças como malária, pneumonia, desnutrição, e contaminação por mercúrio —, vítimas de descaso do governo Bolsonaro e da cobiça do garimpo ilegal.
"O acompanhamento envolveu alimentação assistida e suplementação. A equipe se prepara para ampliar o tratamento para mais crianças", detalha o informe.
Logo após o governo federal decretar emergência de saúde pública no local, ações para enfrentar a desassistência sanitária no território e em apoio aos indígenas tiveram início no dia 22 de janeiro.
Nesta quarta-feira, 15, está prevista a chegada de 12 novos profissionais da Força Nacional de Saúde para atuação na gestão das equipes e na Casai.
O objetivo é ampliar o atendimento aos indígenas. O Ministério da Saúde também destinou nove equipes de controle de endemia para atuarem no Território Yanomami.
Ao todo, serão 18 profissionais em campo. Além disso, junto com os profissionais, a pasta destinou medicamentos para tratamento da malária, balanças e testes rápidos.