Brasília - O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) revelou nesta quarta-feira, 15, detalhes da reunião preparatória para a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China em março. Após o encontro com o Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, Lula intensifica a retomada das relações diplomáticas em busca de investimentos. Na China, maior parceiro comercial do Brasil, ele levará na bagagem pautas de promoção e diversificação comercial bilateral, com foco nas áreas de agricultura, educação, energia renovável, indústria, saúde e tecnologia.
"Tivemos uma reunião preparatória com vários ministérios. [...] A meta é atrair mais investimentos. Nós temos muitas possibilidades: energias renováveis, hidrogênio verde, infraestrutura, complexo da saúde, área aeroespacial, educação, ciência e tecnologia, agricultura. É possível avançar ainda muito mais", disse Alckmin após o encontro no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
"Não tem uma área em que não possa ser implementado o aumento da intensificação do comércio bilateral", concluiu.
Maior parceiro comercial do Brasil, a China viveu momentos de tensão na relação diplomática ao longo do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, insinuou, sem provas, de que o país asiático teria criado o coronavírus intencionalmente por interesses comerciais. O comércio bilateral envolve cerca de US$ 150 bilhões, cerca de R$ 772,5 bilhões, o que representa um superávit de US$ 28 bilhões, cerca de R$ 144,2 bilhões para o Brasil. Segundo Alckmin, há US$ 70 bilhões, R$ 360,5 bilhões, aproximadamente, em investimentos chineses no Brasil atualmente.
Além do vice-presidente da República, que acumula o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, participaram da reunião os ministros José Múcio (Defesa), Carlos Fávaro (Agricultura), Daniela Carneiro (Turismo), Camilo Santana (Educação), Jader Filho (Cidades) e André de Paula (Pesca), além de secretários de outros ministérios, informou a do Itamaraty.
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