Teresina - O Ministério Público pediu a condenação máxima contra o acusado de estuprar e matar a estudante Janaína da Silva Bezerra em uma festa na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Thiago Mayson da Silva está preso e já foi indicado pela Polícia Civil.
Segundo o MP, Silva é acusado por estupro de vulnerável, homicídio qualificado, vilipêndio de cadáver (quando há estupro após a morte) e fraude processual. Se somadas, os crimes podem gerar penas de até 50 anos de prisão.
Para o crime de homicídio, a denúncia qualifica o crime como utilização de meio cruel e características de feminicídio. As acusações tem como base o laudo do IML que atesta a causa da morte por lesões provocadas por ações contundentes na medula.
A promotoria ainda pretende pedir à Justiça para dar agilidade para a tramitação do caso. O MP quer que o julgamento aconteça em até um ano.
A defesa de Thiago Mayson da Silva ainda não se pronunciou sobre a denuncia.
O caso
Estudante de jornalismo, Janaína da Silva Bezerra, 22 anos, foi morta na Universidade Federal do Piauí (UFPI), durante uma festa de calouro no campus da instituição.
Segundo informações preliminares da polícia, a jovem teria sido assassinada após sofrer estupro. Ele teve o pescoço quebrado por Thiago Mayson da Silva, que também é estudante, mas de mestrado na instituição.
A jovem chegou sem vida no Hospital da Primavera. Ela apresentava lesões no rosto e várias outras partes do corpo.
A versão da polícia é de a jovem foi violentada dentro de uma sala de aula do curso de Pós-Graduação em Matemática na UFPI. No local, havia uma mesa e um colchão com vestígios de sangue, que estão em análise.
O Instituto de Medicina Legal (IML) emitiu uma declaração de óbito de trauma raquimedular por ação contundente - contusão na coluna vertebral a nível cervical, que provocou lesão da medula espinhal e morte. Em outras palavras, o pescoço da jovem foi quebrado.
O suspeito nega o crime e disse que a vítima teve um mal súbito durante a relação sexual.
Um vigilante da instituição viu o suspeito sair de uma sala de aula com a moça nos braços. Ao questionar o que estava acontecendo, Thiago teria dito que sua miga passou mal e que estava indo para o hospital. O vigilante não acreditou na história e chamou reforço e acompanhou ambos ao hospital.
A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou a festa não foi autorizada pela instituição e que vai buscar imagens de câmeras de segurança para ajudar nas investigações.