Indígenas yanomami com alta hospitalar voltam para o territórioFernando Frazão/Agência Brasil
A população yanomami vive uma crise humanitária grave. Afetados pela presença do garimpo ilegal em suas terras, os indígenas dessa região convivem com destruição ambiental, contaminação da água, propagação de doenças e violência. A situação é histórica, mas se agravou nos últimos quatro anos. Um dos principais pontos de apoio na capital roraimense, a Casa de Saúde Indígena (Casai), ainda está superlotada. São 719 pessoas no local, entre pacientes em tratamento e seus acompanhantes.
Na terra indígena, por outro lado, serão definidos quatro locais para a instalação de Centrais de Filtragem de Água, informou o COE. A água contaminada ou sem o devido tratamento básico é um das mais recorrentes fontes de adoecimento do povo yanomami. A diarreia aguda, por exemplo, está entre as doenças mais registradas.
O COE confirmou que 12 novos profissionais de saúde da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) já estão em Roraima para reforçar os atendimentos na terra indígena. Eles passarão por capacitação na Casai antes de embarcarem para o território. Também nesta quarta-feira chegaram os primeiros módulos para a instalação do laboratório que analisará amostras de sangue e cabelos de pacientes. O objetivo é verificar uma possível contaminação por mercúrio, metal pesado utilizado no garimpo ilegal. Inicialmente, essas amostras serão coletadas de crianças, gestantes e idosos.
O governo ainda informou sobre a chegada de mais 600 cestas básicas na Base Aérea de Boa Vista. Os alimentos deverão ser distribuídos no território no decorrer dos próximos dias.
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