Equipes conseguiram liberar o acesso a Vila do Sahy, em São SebastiãoDivulgação/Secom PMVR
Máquinas rompem barreira e acesso à Vila Sahy é liberado
Equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Defesa Civil concluíram a retirada de centenas de toneladas de lama e detritos que estavam sobre a pista
São Paulo - Com a liberação da passagem terrestre da área central de São Sebastião para Barra do Sahy, na tarde desta quinta-feira, 23, será intensificado o trabalho de buscas por possíveis sobreviventes na Vila Sahy, onde ainda há dezenas de desaparecidos. A liberação da estrada, ainda provisória, foi anunciada por volta das 15 horas pelo governador Tarcísio de Freitas, que conseguiu transpor o trecho a pé, no meio de muita lama.
As equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e da Defesa Civil concluíram a retirada de centenas de toneladas de lama e detritos que estavam sobre a pista. "Conseguimos enxergar a SP-55, na altura do km 180, na Praia Preta. Muito empenho e muito trabalho de milhares de homens", comemorou, ao lado do governador, o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB).
O trecho coberto pelo deslizamento da encosta na Praia Preta era o mais extenso e o único que ainda bloqueava totalmente a Rio-Santos. A abertura coincide com a intensificação dos trabalhos para a retirada dos corpos e de eventuais sobreviventes no lamaçal formado pelo deslizamento da serra na vila.
As equipes estão usando equipamentos do Exército para vasculhar a lama. As buscas são realizadas pelos homens do Exército e do Corpo de Bombeiros, agentes da Defesa Civil e especialistas que atuaram na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais.
Nesta quinta, o Exército isolou a área para a entrada de máquinas que estão dando mais velocidade na remoção da lama e dos restos de árvores, no local onde possivelmente estejam mais de uma dezena de corpos. A última estimativa divulgada pelo governo estadual falava em 38 pessoas desaparecidas. O maquinário pesado fazia a remoção da lama e barro das ruas que dão acesso à encosta desmoronada.
Os equipamentos mais leves foram levados para o ponto onde se concentrava a busca pelos corpos. Como tinham se passado, na tarde desta quinta, mais de 100 horas do deslizamento, a chance de encontrar pessoas com vida sob a lama tornou-se muito remota, segundo os próprios socorristas. Conforme o último boletim, o número de mortes na região chegou a 49 – 48 em São Sebastião e 1 em Ubatuba.
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