Vereador de Caxias do Sul é expulso de partido após falas xenofóbicasReprodução/Twitter
"O discurso está maculado por grave desrespeito a princípios e direitos constitucionalmente assegurados, à dignidade humana, à igualdade, ao decoro, à ordem, ao trabalho, já que se refetem de forma vil a seres humanos tristemente encontrados em situação degradante", informou o Patriota.
"Diante disso, o PATRIOTA NACIONAL vem comunicar Vossa Excelência, Exmo. Sr. Sandro Luiz Fantinel, vereador de Caixias do Sul/RS que fez uso desabonador da tribuna no exercício do mandato, quanto à sua expulsão das fileira fo partido na data de hoje", pontuou o partido.
Nos últimos dias, trabalhadores que estavam em situação análoga a escravidão foram resgatados uma operação da Polícia Rodoviária Federal em conjunto com o MTE e a Polícia Federal na cidade de Bento Gonçalves.
Os profissionais – explorados em grandes vinícolas da região – eram ameaçados e até agredidos com choques e spray de pimenta pelos patrões. Segundo a polícia, dos 207 homens resgatados, 198 eram baianos com idades entre 18 e 57 anos.
“Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer limpeza todos os dias para os bonitos? Temos que botar em hotel 5 estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho?”, indagou ele.
“Agricultores, produtores vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima”, acrescentou, referindo-se aos baianos, que eram maioria no alojamento. O vereador ainda prometeu criar “uma linha” para contratar argentinos para o trabalho de colheita de uvas.
Lamentável o vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul. Diz que criará grupo para vinícolas acusadas de trabalho escravo contratarem argentinos e não 'baianos' que só sabem “viver na praia tocando tambor". Claro, só podia ser bolsonarista.
— GugaNoblat (@GugaNoblat) February 28, 2023
pic.twitter.com/ipE8OU7UDS
Lamentável o vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul. Diz que criará grupo para vinícolas acusadas de trabalho escravo contratarem argentinos e não 'baianos' que só sabem “viver na praia tocando tambor". Claro, só podia ser bolsonarista.
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“Deixem de lado. Que isso sirva de lição, deixem de lado aquele povo, que é acostumado com carnaval e festa, para vocês não se incomodarem novamente”, concluiu.
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