Ex-subsecretária de inteligência da pasta Marília Ferreira Alencar, na CPI dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro TV Câmara Legislativa/Reprodução

Brasília - A oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa (CLDF) dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, ouve nesta quinta-feira, 9, a ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) Marília Ferreira Alencar.

O depoimento de Marília estava marcado para a primeira sessão da CPI na semana passada, mas precisou ser adiado para esta quinta-feira. A CPI foi criada para investigar os atos golpistas que depredaram os prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro.

Marília Ferreira de Alencar é formada em direito pela Universidade de Brasília (UnB) e atua como delegada da Polícia Federal (PF) desde julho de 2007. Ela também já trabalhou como chefe do Núcleo de Disciplina e Corregedora Substituta da Superintendência Regional do Distrito Federal e Diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Anderson Torres a nomeou no dia 3 de janeiro para o cargo de Subsecretária de Inteligência, da Secretaria Executiva de Segurança Pública, da SSP-DF. Marília foi exonerada em 10 de janeiro pelo Interventor Federal, Ricardo Capelli, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Veja os convocados para depor na CPI neste mês de março:
- 16 de março: coronéis Jorge Eduardo Naime e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues

- 23 de março: Júlio de Souza Danilo, ex-secretário de Segurança Pública do DF e Jorge Henrique da Silva Pinto, tenente-coronel da Polícia Militar do Distrito Federal

- 30 de março: Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do DF

A comissão também aprovou a convocação de Antônio Cláudio Alves, suspeito de quebrar o relógio francês do século XVII, dado a Dom João VI, no Palácio do Planalto. Contudo, ele está preso em Uberlândia (MG) e deve depor somente em abril.

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário do Distrito Federal, Anderson Torres, que está preso desde o dia 14 de janeiro, também foi convocado a prestar depoimento na comissão. No entanto, foi liberado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes após a defesa alegar que o depoimento dado à Polícia Federal teria sido o suficiente.