Por já ter sido afastado anteriormente, e diante do novo episódio, a medida foi prorrogada por mais 60 diasRepdoução: redes sociais

O professor de história da rede pública de ensino de Santa Catarina, gravado por alunos repetindo elogios ao ditador nazista Adolf Hitler voltou a ser afastado da sala de aula. O novo afastamento será de 60 dias, segundo informou a Secretaria de Educação. No ínicio da semana, Rubenval Sérgio Duarte foi filmado afirmando aos estudantes que tem "admiração por Hitler". O caso aconteceu na cidade litorânea de Imbituba.
Um estudante questionou Rubenval se ele apoia as atrocidades do ditador. O professor prontamente responde que "sim, claro". Após perguntar se alguém está filmando, ele diz: "Eu tenho uma admiração por Hitler".

Duarte já responde a um processo administrativo disciplinar perante a Secretaria de Educação por causa de outras situações em que teceu elogios a Hitler e ao nazismo. Por já ter sido afastado anteriormente, e diante do novo episódio, a medida foi prorrogada por mais 60 dias.

A conduta do docente se enquadra na Lei nº 7.716, que estabelece os crimes resultantes de preconceito racial, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão para quem "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo".

Além do processo administrativo, o professor também é investigado pelo Ministério Público de Santa Catarina. Ao Estadão, o órgão confirmou que o caso é acompanhado pela 40ª Promotoria de Justiça de Imbituba e pelo Núcleo de Enfrentamento aos Crimes de Racismo e Intolerância.

"A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da Coordenadoria Regional de Laguna, informa que, assim que tomou conhecimento da conduta do professor na terça-feira, 14, começou a tomar todas as medidas cabíveis, visto que há um processo em andamento. O afastamento do professor foi prorrogado 60 dias e a SED informa que irá tomar todas as providências dentro da legalidade", diz a parta em nota.

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com o professor Rubenval Sério Duarte, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.