A juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, divulgou na quinta-feira, 23, os nomes dos integrantes da facção criminosa que pretendia matar o senador Sergio Moro (União Brasil), o promotor de Justiça Liconln Gakiya e outras autoridades.
Segundo as investigações, R$ 3 milhões foram usados no plano que envolvia o aluguel de imóveis em Curitiba, onde Moro residia com a família, além do monitoramento das atividades do ex-juiz por pelo menos seis meses.
A Polícia Federal (PF) ainda encontrou indícios que o dinheiro usado no plano para sequestrar e matar Sergio Moro veio do tráfico de drogas. Mensagens trocadas por suspeitos da facção PCC apontam uma cobrança por uma prestação de contas.
A PF deflagrou a Operação Sequaz na última quarta-feira, 22. No total, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Ao menos nove pessoas foram presas na operação.
Veja quem são os investigados
Janeferson Aparecido Mariano - Principal alvo da Polícia Federal por ser apontado como chefe do grupo "restrita 05", responsável pelo planejamento e execução do plano de matar Sergio Moro.
Segundo investigações, mensagens enviadas por Janeferson permitiram descobrir que os códigos "Flamengo" e "Tokio", significavam "sequestro" e "Moro", respectivamente.
Claudinei Gomes Carias - Também chamado de "Carro", Claudinei foi responsável por alugar a casa em Curitiba que era utilizada para monitoramento de Moro. Ele também tinha a função de prestar contas dos gastos com a operação para o comando da facção criminosa.
Herick da Silva Soares - Conhecido como "Sonata", ele é ligado diretamente a Janeferson no grupo que planejava matar Moro. Herick ainda é apontado pelas investigações como "principal operacional de confiança" de Claudinei.
Franklin da Silva Correa - É considerado o funcionário do grupo. Ele é irmão de Herick e fazia o levantamento de possíveis vítimas da organização criminosa.
Aline de Lima Paixão - Namorada de Janeferson, Aline não é membro da organização, mas presta "auxílio direto" na área financeira feita pelo companheiro, segundo a polícia.
Aline Arndt Ferr - Ela teve a função de apurar e selecionar todos os dados de Moro e a família. A polícia indica que ela ainda participa "ativamente" das atividades de Janeferson.
Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui - Ela utilizava o codinome "Luana" e ela era de "muita confiança" dentro da organização, segundo as investigações. Cintia recebeu um carro em seu nome para fazer a vigilância de Sergio Moro e participou da escolha da chácara próxima a residência do senador.
Patrick Uelinton Salomão - É integrante do PCC e deixou a penitenciária federal de Brasília, em fevereiro do ano passado, após cumprir pena. Segundo o MP-SP, ele está abaixo apenas da liderança máxima da organização. Foi condenado a um total de 15 anos e 10 meses de prisão e sairia apenas 14 de setembro deste ano, mas a pena foi reduzida.
Valter Lima Nascimento - Conhecido como Guinho ou Zoinho, apontado como parceiro fiel do maior fornecedor de drogas para essa facção criminosa, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho. Nascimento já foi preso em 2002, 2004, 2006, 2017 e 2019 por portar drogas.
Reginaldo Oliveira de Sousa - Também chamado de "Rê", é membro da facção e tem antecedentes com tráfico de drogas.
Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan - Ele é considerado importante dentro da hierarquia da facção. Conhecido como El Sid, tem antecedentes por roubo, tráfico de drogas e homicídio.
Outras pessoas como Hemilly Adriane Mathias Abrantes, Oscalina Lima Graciote e Ana Carolina Moreira da Silva tiveram algum tipo de envolvimento com a facção, mas teve pedido de prisão negado pela juíza Gabriela Hardt.
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