Brennand está no país há cerca de seis meses e está na lista vermelha da Interpol desde o fim do ano passadoRedes Sociais/Reprodução
Ainda não há detalhes a data da extradição do empresário. Como os dois países não possuem acordo de extradição, a volta só foi possível após uma negociação de reciprocidade das autoridades brasileiras.
A autorização saiu horas após uma reunião entre o presidente do país, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro aconteceu neste sábado e teve Brennand entre as pautas de conversas dos líderes.
O governo brasileiro tinha solicitado a extradição do empresário em dezembro de 2022. Em março deste ano, a embaixada brasileira em Abu Dhabi teria sido informada sobre a análise dos documentos.
O empresário começou a ser investigado após agredir uma atriz em uma academia em São Paulo. Depois disso, outras denúncias surgiram e ele virou réu neste e em outros cinco processos por crimes como lesão corporal e estupro.
Entre os processos, estão a de uma modelo brasileira que acusa Brennand de estupro. Ele ainda teria obrigado outra mulher a tatuar suas iniciais no corpo.
Brennand foi preso em outubro do ano passado, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, mas pagou fiança e foi solto. Em dezembro, a embaixada brasileira em Abu Dhabi oficializou um pedido de extradição, segundo o Itamaraty.
Na última semana, Brennand admitiu a vontade de voltar ao Brasil e entrou com um pedido de acordo com a Justiça brasileira. Os advogados do empresário querem revogar os pedidos de prisões para a volta dele ao Brasil e a entrega do passaporte às autoridades.
Em um vídeo gravado para as redes sociais, Thiago Brennand negou as acusações e disse que "será preso injustamente".
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