Lula durante solenidade pelo Dia do Soldado nesta quarta-feiraReprodução/Redes Sociais

Em declaração dada no site do Exército, dentro da 'Ordem do Dia', o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva pediu uma força armada 'apolítica, apartidária, imparcial e coesa'. A afirmação acontece em meio a participação do presidente Luís Inácio Lula da Silva nas comemorações do 'Dia do Exército' nesta quarta-feira, 19. 
"Sua existência está alicerçada em valores e tradições, bem como comprometida com a defesa da Pátria, da independência, da República e da democracia. A Força agradece a seus bravos Soldados, da ativa e veteranos, pelos sacrifícios e pelos desafios ultrapassados. Prossigamos confiantes no futuro glorioso reservado ao Brasil" - completou. 
Aos 62 anos, Ribeiro Paiva está no Exército desde 1975 e ascendeu a General em 2019. Também dirigiu a Academia das Agulhas Negras antes de assumir o posto de Comandante Militar do Sudeste a dois anos atrás. Atualmente é o comandante do Exército do Brasil, após a exoneração de Júlio César de Arruda no começo de 2023.
"Em um mundo cada vez mais complexo, é preciso olhar os exemplos dos heróis de Guararapes e do Duque de Caxias, a fim de encontrar os melhores caminhos para o cumprimento de nossa missão. Esses caminhos, balizados pelo respeito à população, às instituições e, sobretudo, à Constituição, exigem um Exército moderno, com capacidade dissuasória, profissionalismo e aptidão para ajudar ainda mais o Brasil nos desafios vindouros." - ponderou o General na nota. 
O discurso moderado acontece após o quebra-quebra em Brasília, em 8 de janeiro, e as tentativas de reaproximação do presidente Lula com as forças armadas. Principalmente após alta participação de militares dentro do governo de Jair Bolsonaro, entre 2018 e 2022