Eduardo Bolsonaro terá a missão de ‘limpar’ a imagem do bolsonarismoAdriano Machado/Reuters
A indicação de Eduardo Bolsonaro é uma estratégia da legenda para representar o nome de Jair Bolsonaro (PL) na comissão. Na análise do partido, o ex-presidente será alvo e possivelmente um dos investigados pela base governista. Eduardo terá a missão de ‘limpar’ a imagem do bolsonarismo.
Já Alexandre Ramagem foi convocado por ser um nome técnico. Ele foi delegado da Polícia Federal e diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão Bolsonaro. Para a cúpula do PL, o deputado pode apresentar uma defesa mais efusiva ao antigo governo, pois atuou no Palácio do Planalto.
O caso de André Fernandes é o mais complexo. Ele foi indicado por ser o autor do requerimento de CPMI, mas a base governista atua nos bastidores para tirá-lo da comissão. A ala petista quer que Fernandes seja investigado por participar dos atos antidemocráticos. O parlamentar é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso.
O partido de Bolsonaro acredita que as imagens do Palácio do Planalto que colocam o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias como testemunha dos atos enfraquecem a cúpula petista. Para o PL, há uma necessidade de investigar uma possível participação do governo Lula nos atos.
Já o PT quer focar nos financiadores e a possível participação de membros do governo Bolsonaro nos atos antidemocráticos. A legenda terá apenas dois parlamentares na comissão, mas acredita que os blocões formados na Câmara dos Deputados e o forte apoio no Senado possa ajudar os petistas a assumirem o controle da comissão.
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