Randolfe garantiu que a comissão terá uma maioria 'pró-investigação'Jonas Pereira / Agência Senado
"Por uma razão óbvia. Como pode colocar um criminoso para ser investigador? Executor do crime para investigar o crime que ele executou?", respondeu o líder, em fala a jornalistas na manhã desta quarta-feira, 26, após reunião com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, no Palácio do Planalto.
Sem querer dar nomes que devem ser indicados pelo governo para a composição da CPMI, Randolfe garantiu que a comissão terá uma maioria "pró-investigação". "Tenho certeza que estamos convocando o melhor dos nossos times", disse. "A gente estava hesitando entrar em campo, mas como estamos sendo chamados para entrar, tenho certeza que os jogadores que estarão (na composição do colegiado) serão os melhores", respondeu.
Ao tratar sobre as agendas da comissão, o senador disse que, após a eleição da direção do colegiado, uma das primeiras agendas será com Moraes para pedir compartilhamento das informações, "saber até onde estão indo as investigações". Na avaliação dele, também será "inevitável" a convocação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
O líder destacou que o governo não tem qualquer tipo de temor com as investigações e disse que haverá a formação de um grupo técnico para dar informações que serão necessárias. Segundo ele, o grupo será formado por técnicos da Secretaria de Relações Institucionais e ministérios para dar uma "retaguarda necessária à atuação dos parlamentares".
"Compreendemos que a CPMI pode dar contribuição muito importante para que cheguemos aos financiadores, agentes políticos e mentores dos atos." Apesar dos esforços do governo para a formação do colegiado, Randolfe reiterou que a comissão não é o foco do governo. De acordo com ele, a agenda central continua sendo a aprovação das Medidas Provisórias (MPs) e do arcabouço fiscal.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.