Ana Clara da Silva Soares, 2 anos, deu entrada no Hospital Materno Infantil Francisco de Assis (HIFA), em Guarapari, no Espiríto Santo, em estado gravíssimo e não resistiu aos ferimentos depois de ter uma infecção generalizada provocadas por lesões no ânusArquivo pessoal

Vitória - Uma menina de dois anos e seis meses morreu na madrugada deste sábado (29) com sinais de violência sexual. Ana Clara da Silva Soares deu entrada na última quarta-feira (26) no Hospital Materno Infantil Francisco de Assis (HIFA), em Guarapari, no Espiríto Santo, em estado gravíssimo e não resistiu aos ferimentos depois de ter uma infecção generalizada provocadas por lesões no ânus. Segundo a Polícia Civil, o pai da criança, identificado como Manoel Messias de Jesus Soares, 44 anos, foi preso em flagrante por estupro de vulnerável.
Já a Polícia Militar informou que foi acionada na sexta-feira (28) pela coordenadora da unidade hospitalar devido a suspeita de estupro de vulnerável. Inicialmente, a mãe da criança foi ouvida e relatou que tinha cinco filhos e que não sabia quem poderia ter praticado o crime. Entretanto, com a insistência da polícia e do conselho tutelar, a mulher confessou que o marido já abusou de outra filha dela e enteada dele, que atualmente tem 15 anos, mas que não o denunciou por medo. Com isso, Soares se tornou o principal suspeito e foi chamado a unidade, onde foi detido. 
Ainda de acordo com a PM, ao chegar no hospital e ser interrogado, o indivíduo não se mostrou surpreso com a situação da criança, mas não confessou o crime. O casal então foi encaminhado para a Delegacia Regional de Guarapari. De lá, Soares foi autuado por estupro de vulnerável qualificado e encaminhado ao presídio. Já a mãe foi ouvida e liberada, pois não havia elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança, ao Adolescente e ao Idoso (DPCAI) de Guarapari e outras diligências serão feitas para averiguar se há mais vítimas e participação de outras pessoas.
O corpo da criança foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado. O laudo de necropsia será anexado ao processo e o homem irá responder também pela morte da menina.