Viagem de Torres à Bahia reforça suspeitas de interferência no trabalho da PRF às vésperas da eleiçãoReprodução/Instagram
Os documentos revelam que Torres embarcou no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 17h30 do dia 24 de outubro, chegando a Salvador duas horas depois
Outro documento revela uma reunião entre Anderson Torres e o superintendente da PF na Bahia, delegado Leandro Almada, realizada no dia 25 de outubro, uma terça-feira pré-eleição.
A agenda da reunião foi solicitada na tarde do dia anterior por uma assessora. Além de Torres e Almada, participaram o secretário-executivo do MJ , o diretor-geral da PF e os delegados da PF na Bahia Marcelo Werner e Flávio Marcio Albergaria Silva.
Segundo as informações, durante essa reunião, Torres teria solicitado apoio da PF nos bloqueios que a PRF faria durante o segundo turno das eleições presidenciais.
Após o encontro, Torres e sua comitiva retornaram a Brasília às 16h30, conforme agendado.
A Bahia, com 11.291.528 eleitores, deu a Lula 69,49% dos votos válidos no estado naquela fase eleitoral.
Investigadores da PF, que estão apurando a viagem de Torres e suas consequências, acreditam que o documento elaborado pela delegada Marília Alencar, então diretora de inteligência, foi utilizado pelo ex-ministro para atrapalhar a votação e autorizar as operações da PRF.
Nesta segunda-feira, 8, às 14h30, Anderson Torres prestará depoimento à Polícia Federal em Brasília sobre essa viagem e as operações da PRF no Nordeste.
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