Bolsonaro atribuiu a Mauro Cid a administração de sua conta no ConecteSUSFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bolsonaro nega ter determinado fraudes em seu cartão de vacina
Ex-presidente foi ouvido por cerca de quatro horas na sede da Polícia Federal em Brasília
Brasília - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta terça-feira, 16, ter envolvimento nas fraudes no cartão de vacina dele e da filha, Laura, reveladas na Operação Venire.
Bolsonaro foi ouvido por cerca de quatro horas na sede da Polícia Federal em Brasília. É o depoimento mais longo do ex-presidente - ele já foi interrogado nas investigações sobre as joias apreendidas pela Receita Federal e sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.
Ao delegado Fábio Shor, Bolsonaro reafirmou que nunca se vacinou e que a filha também não foi imunizada, por orientação médica. Ele declarou que, como chefe de Estado, não precisava do certificado para entrar nos Estados Unidos. Já Laura, segundo ele, apresentou apenas um laudo médico que contraindicava a imunização.
O ex-presidente negou ter pedido a manipulação dos dados e declarou que não soube das fraudes até a investigação da PF vir a público.
Bolsonaro respondeu também sobre a relação com seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que está preso preventivamente. A versão do ex-presidente é que eles nunca conversaram sobre certificados de vacina.
O ex-presidente foi questionado sobre quem tinha acesso à sua conta no aplicativo ConecteSUS. A plataforma foi usada por um computador registrado no Palácio do Planalto para emitir os cartões falsos de vacina em nome de Bolsonaro. A PF identificou ainda um acesso ao perfil pelo celular de Mauro Cid. Bolsonaro atribuiu ao ex-ajudante de ordens a administração de sua conta no aplicativo.
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