A CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) terá como presidente o deputado tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), responsável pelo requerimento de criação do colegiado. A relatoria ficará a cargo do ex-ministro e atual deputado Ricardo Salles (PL-SP), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aspirante a candidato à prefeitura de São Paulo em 2024.
Salles e Zucco definiram os primeiros convocados para depor. Oito dirigentes regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) serão ouvidos. Eles foram indicados ou apoiados pelo próprio MST durante o atual governo, sendo que dois — Nelson Grasselli (RS) e Lucenilson Oliveira (RN) — são membros do movimento.
A convocação dos líderes do MST será realizada em uma fase posterior da CPI. A ideia é que eles prestem depoimento somente após o avanço das investigações, uma vez que os idealizadores da comissão têm como objetivo declarado alcançar os financiadores das invasões de terras, que já somam quase 60 apenas neste ano.
A CPI também tem a intenção, nos bastidores, de desgastar o governo Lula. Ministros do governo como Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, também serão convidados a depor no final dos trabalhos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.